E para relembrar os antigos e bons carnavais, nada melhor do que umas marchinhas...
Este blog destina-se à publicação de projetos e vivências em sala de aula das professoras JANE VITAL e GILDA MONTEIRO, lotadas na EREM DEVALDO BORGES, em Gravatá-PE.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Início do ano letivo 2015
2015 chegou!!! Esse ano a EREM Devaldo Borges terá suas primeiras turmas concluintes de Referência e sua última turma Regular, o 4º Normal Médio. Me entristeço muito ao ver uma Escola tão grande, com tanto espaço, tantas salas e tão poucos alunos. Já trabalhei nessa escola com 51 turmas, 17 em cada turno e hoje, na mesma, só funcionam 12 turmas de Referência e mais 3 turmas à noite de Travessia, é doloroso. Penso muito também, nos colegas de trabalho que ficaram sem carga horária e tiveram que procurar outra Escola. Caso eu não tivesse feito a seleção para Referência, também já não estaria mais lá. Nunca dei uma única aula em outra Escola. 08/03, completo 21 anos no Estado, "no Devaldo Borges", espero me aposentar lá. Agora, independente da aposentadoria ser lá ou não, hoje, EU SOU DEVALDO BORGES, hoje, eu visto a camisa da Escola e por tudo que já vivi e espero ainda viver por lá, acredito que sempre vou vestir.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA
MANOEL DE BARROS
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.
Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai encher os
vazios com as suas peraltagens
vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus despropósitos.
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